A presidente eleita Dilma Rousseff oficializou nesta segunda-feira (20) a indicação de sete nomes que passarão a integrar o governo a partir de 2011. A lista inclui seis ministros e também o indicado para ocupar a Advocacia Geral da União (AGU). O anúncio foi realizado através de nota divulgada pela assessoria da equipe de transição.
Os nomes dos novos ministros divulgados no começo desta noite são:
Alexandre Padilha (PT) - Ministério da Saúde
Ana de Hollanda - Ministério da Cultura
Orlando Silva Jr. (PC do B) - Ministério dos Esportes
Mário Negromonte (PP) - Ministério das Cidades
Luiza Helena de Bairros (PT) - Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial
Tereza Campello (PT) - Ministério do Desenvolvimento Social
Luís Inácio de Lucena Adams - Advocacia Geral da União (AGU)
Com a divulgação dos sete nomes, Dilma confirma a permanência dos ministros Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e Orlando Silva, que seguirá nos Esportes. A indicação de Padilha sepulta a chance de Sérgio Cortes assumir a pasta da Saúde. O político
foi uma indicação de Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que acabou não sendo confirmada.
Uma das novidades é o nome da atriz, cantora e compositora Ana de Hollanda, irmã do cantor Chico Buarque. Em novembro,
Lula agradeceu publicamente o cantor por apoiar Dilma na campanha eleitoral. A lista divulgada nesta segunda ainda acrescenta ao ministério outras duas mulheres, elevando a cota feminina de Dilma para sete ministras até agora.
Dilma ainda deve indicar outros sete nomes para concluir a sua equipe de governo. Ainda precisam ser definidos os ministros do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional, além do ministro-chefe Gabinete de Segurança Institucional e das secretarias de Relações Institucionais, Especial de Políticas para as Mulheres e Especial de Portos. Outro nome que deve ser indicado antes da posse é o do responsável pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Reuniões
A presidente eleita esteve durante o dia em reuniões de trabalho. Pela manhã, Dilma esteve com os três comandantes das Forças Armadas: Enzo Peri (Exército), Julio Soares Neto (Marinha) e Juniti Saito (Aeronáutica). A assessoria da equipe de transição não confirmou se a reunião tinha como objetivo debater mudanças no comando das forças.
Antes do almoço, a presidente eleita recebeu no Centro Cultral Banco do Brasil (CCBB) o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Depois de uma conversa rápida, o ministro disse que não poderia confirmar indicações de ministros. Dilma passou a tarde na residência oficial da Granja do Torto. A assessoria do governo do transição não confirmou nenhuma agenda oficial.
Outros ministros
O anúncio anterior havia sido realizado na quarta-feira (15). Nele, foram oficializados:
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Antonio Patriota (sem partido) (Relações Exteriores)
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Nelson Jobim (PMDB): Defesa
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Fernando Pimentel (PT): Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
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Aloizio Mercadante (PT): Ciência e Tecnologia
Na quarta-feira (8), outros dez ministros tinham sido anunciados:
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Edison Lobão (PMDB-MA): Ministério das Minas e Energia
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Wagner Rossi (PMDB-SP): Ministério da Agricultura
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Pedro Novais (PMDB-MA): Ministério do Turismo
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Garibaldi Alves (PMDB-RN): Ministério da Previdência
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Moreira Franco (PMDB-RJ): Secretaria de Assuntos Estratégicos
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Ideli Salvatti (PT-SC): Ministério da Pesca
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Maria do Rosário (PT-RS): Secretaria de Direitos Humanos
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Paulo Bernardo (PT-PR): Ministério das Comunicações
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Alfredo Nascimento (PR-AM): Ministério dos Transportes
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Helena Chagas (sem partido): Secretaria de Comunicação Social
No começo do mês, a equipe de transição de governo informou os nomes dos ministros que vão compor o chamado "núcleo palaciano", todos integrantes da coordenação da campanha eleitoral de Dilma Rousseff:
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Antonio Palocci (PT-SP): Casa Civil da Presidência
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Gilberto Carvalho (PT-SP): Secretaria-Geral da Presidência
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José Eduardo Cardozo (PT-SP): Ministério da Justiça
O primeiro bloco de ministros oficializado pela presidente eleita reuniu os integrantes da equipe econômica:
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Guido Mantega (PT-SP): Ministério da Fazenda
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Miriam Belchior (PT-SP): Ministério do Planejamento
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Alexandre Tombini (sem partido): presidência do Banco Central