quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dilma vê 'momento dramático' e pede ações coordenadas

Durante a visita à Região Serrana, a presidente da República mostrou preocupação também com outros Estados


Valter Campanato/ABr
Dilma
A presidente Dilma e o governador do Rio, Sérgio Cabral, visitam Nova Friburgo
Com semblante fechado e se dizendo bastante sensibilizada com a situação que viu na região serrana do Rio de Janeiro, a presidente da República, Dilma Rousseff, demonstrou firmeza nessa quinta-feira (13) ao afirmar que a visita não era apenas para prestar solidariedade ao Estado, mas para garantir que sejam feitas ações concretas, coordenadas e conjugadas entre os governos federal, estadual e municipal para "aliviar, socorrer, amparar e cuidar das vítimas".


"É de fato um momento muito dramático, as cenas são muito fortes, é visível o sofrimento das pessoas e o risco é muito grande", disse, completando que será necessário um esforço muito grande em breve para a reconstrução das áreas atingidas. "Em tese este não é um papel das Forças Armadas, há empresas nacionais especializadas para recompor esta infraestrutura, mas, se for necessário, colocaremos à disposição", afirmou.


Em sua primeira aparição pública após a posse em Brasília, Dilma estava bastante contida e sorriu apenas duas vezes, quando foi chamada de "presidenta" por jornalistas presentes à entrevista coletiva, realizada no Palácio da Guanabara, sede do governo estadual.


Citou o ex-presidente Lula em outros dois momentos, ao lembrar as ações que vinham sendo feitas no governo dele, e que terão continuidade, segundo ela, na prevenção contra estes acidentes de grandes proporções, com uma ação direta de drenagem e de retirada de habitações localizadas em locais de risco. "Prevenção não é só uma questão de defesa civil. É uma questão de saneamento, drenagem e política habitacional", disse, lembrando que o governo vai destinar R$ 11 bilhões para estas ações, segundo previsto no Programa de Aceleração do Crescimento.


"É preciso lembrar que houve no Brasil um absoluto desleixo com o local onde ia morar a população de baixa renda. Sem alternativa, esta população foi morar em vala e encosta de morro", afirmou a presidente, que procurou o tempo todo mostrar que não estava apenas atenta ao problema do Rio de Janeiro.


"Já estamos no PAC programando mover sistematicamente as pessoas de áreas de risco. Isso serve para a região serrana do Rio, e para Santa Catarina, que possui problema semelhante. Em São Paulo, nas duas ações que tivemos em conjunto com o governo estadual, na Billings e Guarapiranga, pudemos remover pessoas para poder evitar o pior. Mas só podemos remover, quando temos outro lugar para assentar estas pessoas", disse.


A presidente também disse que não dá para se minimizar a força da natureza neste momento, mas lembrou que é preciso agir para evitar o pior. "Não está certo que a gente diminua o efeito das chuvas, mas só não pode deixar morrer gente. Esta é a nossa missão", afirmou.




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